Hidrogénio: uma energia para o futuro
Portugal
gasta cerca de 6% do seu PIB todos os anos para importar energia,
nomeadamente petróleo e gás natural. Enquanto que o plano nacional de
barragens ou a construção de parques eólicos contribui para reduzir em
cerca de 3 milhões de barris de petróleo por ano, a produção de
hidrogénio via electrólise da água permitiria que deixássemos de
importar energia, pois os recursos hídricos portuguesas seriam mais do
que suficientes para satisfazer todas as nossas necessidades. No
entanto, diversos estudos têm apontado a baixa eficiência e o alto custo
associado à produção de hidrogénio. A produção de energia utilizando o
hidrogénio como base tem actualmente diversos problemas mas o facto é
que apresenta um potencial energético muito superior. A General Motors,
Honda e a BMW já têm veículos protótipos movidos a hidrogénio. A GM
preparava-se até para lançar o primeiro veículo comercial do mundo
movido a hidrogénio neste ano, mas teve de adiar a iniciativa devido à
inexistência de uma rede de distribuição nos EUA.
A
célula de combustível foi inventada pela primeira vez ainda no século
XIX. A tecnologia tem mais de 100 anos mas os governos mundiais não têm
investido na mesma, pois durante mais de 100 anos o preço do petróleo
era relativamente barato. Mas a NASA utiliza o hidrogénio liquido desde
1960 para impulsionar os seus foguetões, e nos EUA já existem
complexos industriais que produzem hidrogénio liquido há mais de 50
anos. Existem vários processos para converter o hidrogénio em energia, e
esses processos necessitam ainda de alcançar alguma consistência e
maturidade. Mas não será este o mesmo problema que o petróleo enfrentou
quando foi introduzido no mercado?
O hidrogénio não existe em
estado puro no nosso planeta, mas pode ser obtido através da
electrólise da água, sem qualquer emissão de poluentes para a
atmosfera. Mas o ponto é: sendo o hidrogénio a grande fonte de energia
do Universo (é aquela que as estrelas utilizam para alimentar o seu
processo de combustão), não estamos a desaproveitar o seu potencial? É
que em Portugal o discurso político não contempla este tema, talvez por
desconhecimento ou cepticismo. Mas existem diversas organizações em
Portugal, como o IST que têm trabalhado arduamente nesta tecnologia.
Temos de aproveitar aquilo que temos. E temos de ter visão. Os métodos
que utilizamos actualmente para converter o hidrogénio em energia podem
ter ainda vários problemas e não serem muito eficientes, mas temos de
estar conscientes de que esta energia pode ser de facto a energia do
futuro. Se a tecnologia actual não permite tirar ainda o melhor recurso
possível do hidrogénio, não deverá ser essa a razão para deixarmos de
investir no desenvolvimento de tecnologias capazes. Não nos devemos
esquecer que para uma quantidade equivalente de petróleo, o hidrogénio
tem um potencial energético de cerca de 20 vezes superior. Quem no mundo
conseguir dominar esta fonte de energia e as tecnologias associadas,
além de liderar a próxima revolução energética, reforçará em muito a sua
competitividade estratégica, fruto das novas indústrias high value added e dos consequentes milhares de novos postos de trabalho.
Portugal
gasta cerca de 6% do seu PIB todos os anos para importar energia,
nomeadamente petróleo e gás natural. Enquanto que o plano nacional de
barragens ou a construção de parques eólicos contribui para reduzir em
cerca de 3 milhões de barris de petróleo por ano, a produção de
hidrogénio via electrólise da água permitiria que deixássemos de
importar energia, pois os recursos hídricos portuguesas seriam mais do
que suficientes para satisfazer todas as nossas necessidades. No
entanto, diversos estudos têm apontado a baixa eficiência e o alto custo
associado à produção de hidrogénio. A produção de energia utilizando o
hidrogénio como base tem actualmente diversos problemas mas o facto é
que apresenta um potencial energético muito superior. A General Motors,
Honda e a BMW já têm veículos protótipos movidos a hidrogénio. A GM
preparava-se até para lançar o primeiro veículo comercial do mundo
movido a hidrogénio neste ano, mas teve de adiar a iniciativa devido à
inexistência de uma rede de distribuição nos EUA.
A
célula de combustível foi inventada pela primeira vez ainda no século
XIX. A tecnologia tem mais de 100 anos mas os governos mundiais não têm
investido na mesma, pois durante mais de 100 anos o preço do petróleo
era relativamente barato. Mas a NASA utiliza o hidrogénio liquido desde
1960 para impulsionar os seus foguetões, e nos EUA já existem
complexos industriais que produzem hidrogénio liquido há mais de 50
anos. Existem vários processos para converter o hidrogénio em energia, e
esses processos necessitam ainda de alcançar alguma consistência e
maturidade. Mas não será este o mesmo problema que o petróleo enfrentou
quando foi introduzido no mercado?
O hidrogénio não existe em
estado puro no nosso planeta, mas pode ser obtido através da
electrólise da água, sem qualquer emissão de poluentes para a
atmosfera. Mas o ponto é: sendo o hidrogénio a grande fonte de energia
do Universo (é aquela que as estrelas utilizam para alimentar o seu
processo de combustão), não estamos a desaproveitar o seu potencial? É
que em Portugal o discurso político não contempla este tema, talvez por
desconhecimento ou cepticismo. Mas existem diversas organizações em
Portugal, como o IST que têm trabalhado arduamente nesta tecnologia.
Temos de aproveitar aquilo que temos. E temos de ter visão. Os métodos
que utilizamos actualmente para converter o hidrogénio em energia podem
ter ainda vários problemas e não serem muito eficientes, mas temos de
estar conscientes de que esta energia pode ser de facto a energia do
futuro. Se a tecnologia actual não permite tirar ainda o melhor recurso
possível do hidrogénio, não deverá ser essa a razão para deixarmos de
investir no desenvolvimento de tecnologias capazes. Não nos devemos
esquecer que para uma quantidade equivalente de petróleo, o hidrogénio
tem um potencial energético de cerca de 20 vezes superior. Quem no mundo
conseguir dominar esta fonte de energia e as tecnologias associadas,
além de liderar a próxima revolução energética, reforçará em muito a sua
competitividade estratégica, fruto das novas indústrias high value added e dos consequentes milhares de novos postos de trabalho.