ET-e-HHO-existe escreveu:André, já que tu não diz como foi que a sonda te traumatizou, vou dar minha opinião sem saber o que realmente aconteceu. Se a lógica estiver certa, mencionarei o que aconteceu contigo, mesmo sem saber.
Pouco importa se em lenta ou a 100km/h a quantidade de HHO é desprezível em relação ao ar e combustível que entra, só superando a força das velas de ignição e tendo um alto consumo elétrico.
Se fosse mesmo o HHO que afetasse o motor, mesmo que de forma negativa, isso ainda seria um milagre a ser aclamado – Meu carro conseguiu consumir mais com o HHO! – e eu ficaria feliz.
Infelizmente eu acho que não é o HHO que mexe com o rendimento do carro, então sobrou o consumo de corrente e a instalação mal feita que deixou entradas de ar falsas e ruídos elétricos. As duas coisas poderiam afetar os sensores que a ECU usa e leva-la a usar uma referência ao mapa de injeção muito longe da realidade que a sonda lambda consegue corrigir. Acontecendo isso a sonda além de travar numa sinalização errada, leva a uma sinalização no painel e desprezo de sua informação pela ECU, fazendo o carro andar somente no mapa errado, provavelmente gastando mais.
Imaginando o melhor, que o pouco HHO que entrou afetou o funcionamento do motor, uma coisa não podemos atribuir como causadora do defeito da lambda, não é o oxigênio que acompanha o HHO porque ele será queimado com o hidrogênio resultando em vapor d’água e não excesso de oxigênio. Então o que poderia fazer a sonda pirar?
Se o HHO fez o que deveria e a ECU não reduziu o avanço da ignição (provavelmente não), então o motor vai trabalhar fora do ponto ideal (agora com o HHO o ponto é outro e não o que o mapa da injeção dizia antes). Isso vai causar um menor rendimento do motor e ele vai querer mais combustível. Os gases de exaustão esquentam mais e a sonda começa a dar sinais erráticos. Temos um duplo defeito que faz o carro consumir mais e ligar o sinal de lambda em perigo.
Não imagino como o HHO poderia fazer o motor queimar pior o combustível, deixando sobrar combustível e oxigênio sem reagir (queimar) e causando uma sobra de oxigênio e combustível. Nesse caso só seria detectado o oxigênio pela sonda, que acharia que a mistura não queimada é pobre e injetaria mais combustível para não queimar novamente. Claro que isso aumentaria o consumo e levaria novamente um sinal de alerta para a lambda no painel.
Uma porção de coisas podem estar acontecendo, mas uma coisa eu sei que não está: Aquela pequena porção de oxigênio que entrou a mais pelo HHO não é o responsável pela loucura da lambda.
Afinal, com que o hidrogênio do HHO iria se queimar e como tão pouco oxigênio extra (vindo do HHO) poderia levar a uma situação em que a ECU não corrija com mais combustível?
Se o excesso de oxigênio for pouco, então a ECU corrige e não dá erro de lambda no painel. Se o excesso de oxigênio for corrigido com mais combustível, esse combustível vai queimar com o oxigênio extra e dar mais potência ao motor, que vai acelerar o carro e tu vai tirar o pé do acelerador fazendo o veiculo voltar ao consumo normal anterior e não o contrário (exceto pelo efeito “pé de boi”). Só se fosse muito oxigênio realmente sobrando para fugir da capacidade da ECU corrigir e aparecer algum defeito. Como o HHO faria o milagre da aparição de tanto oxigênio? ½ litro de oxigênio por minuto (que será queimado com o hidrogênio) tu acha ser uma grande quantidade incorrigível de oxigênio para a ECU?
Minha opinião:
Sonda lambda não interfere na questão do HHO, justamente pela ínfima quantidade injetada.
Portanto esqueçam a sonda lambda definitivamente.
Mas duas coisas podem sim influenciar, que finalmente parece que o ET está aceitando.
1º - O ponto de faísca, que nenhuma ECU está programada para necessidade de atrasar faísca em razão de melhor frente de chama, mas programada para adiantar faisca sim, em razão da exigencia do etanol nesse sentido. E isso independe, no caso de HHO de o carro ser ou não flex. A Ranger da Ford, quando vinha importada dos EEUU, mesmo sendo a gasolina aceitava abastecimento com etanol, a ECU se adaptava perfeitamente.
2º - Fui contestado pelo ET e o Marcelo quando falei da necessidade de colocar filtro de energia...agora está ai o ET aceitando a hipótese quando fala de "ruido de energia", pois os sensores não são programadas para absorver no circuito elétrico um sistema de curto, como é o caso do gerador de HHO. E ai sim, a "sugeira" ou "ruído" de energia criado pelo curto do gerador interferir na lambda, consequentemente na injeção de combustivel.