Energia vinda do vácuo:
possível explicação científica
Não sou físico, como também não sou engenheiro mecânico, o que nunca me impediu de falar besteiras sobre. Como aqui é um club de “intelectuais” de meia tigela, analisemos uma das possibilidades da energia livre, ou vinda do “nada”.
Uma dessas possibilidades seria o fantasmagórico neutrino, já explorado no cinema no filme 2012. Essa partícula criada a partir de reações atômicas, como no sol, é a segunda partícula mais abundante do universo depois do fóton. Vivemos dentro de uma torrente de neutrinos, vindos do sol, na proporção de 65 bilhões de neutrinos por centímetro quadrado e por segundo. (pouco importa se de dia ou de noite, pois para o neutrino a terra praticamente não existe em seu caminho)
Apesar de toda essa abundância, eles praticamente não existem e são uma das provas da possibilidade de um universo paralelo. Eles não interagem nem como a luz, não interagem praticamente de forma alguma com a matéria, somente duas interações permitem que eles sejam visíveis no nosso universo, que é a interação gravitacional e a força fraca (uma das 4 forças fundamentais da matéria). Por isso precisaríamos de uma placa de chumbo de 1 anos luz de espessura para barrar os neutrinos.
Tal partícula, que embora produzida no nosso “mundo” (universo) mais parece com uma partícula de outro “mundo” (universo), por mais conhecida que seja, não é captada e tem toda sua energia desperdiçada espaço a fora. Se fosse criado um coletor de neutrinos, teríamos ai um gerador de energia vinda do nada, pois para todos os fins práticos nesse universo, o neutrino é um "nada".
Imagine que o neutrino tenha outras interações (desconhecidas) que não existem na nossa matéria bariônica, mas das quais ele tenha forte interação, e que encontrasse matéria estranha que tivesse esse tipo de interação. Imagine que dessa interação se originasse matéria bariônica ou outra forma de energia perceptível a nossa matéria. Teríamos nosso gerador de energia do "nada".
Uma outra candidata a energia livre e matéria de um universo paralelo seria o que se chama atualmente, em cosmologia, de “matéria escura”. Como o neutrino, ela não interage com nossa matéria, além da força gravitacional. Poderia ter uma pedra densa de matéria escura atravessando sua pessoa que tu só sentiria o puxão gravitacional, mas como ninguém sente o puxão gravitacional de uma mera rocha (exceto uma terra inteira), não de forma sensível ao ser humano, então não notaríamos.
A proporção de matéria escura que compõe nosso universo é estimado em 23% da densidade do universo, ficando nossa matéria convencional, a bariônica, com apenas 4% desse montante, o restante fica com a não menos estranha “energia escura”, com 73%.
Pense bem: Do universo que existe apenas 4% dele é de matéria convencional, que podemos sentir e pegar, incluindo a energia que move essa matéria, 96% do universo esta numa forma que praticamente só interage com nossa matéria convencional gravitacionalmente.
Vocês não acham que existe muita fonte de energia desconhecida no universo a ser explorada e um possibilidade real de um universo paralelo? Daria para vários universos paralelos e muita energia vinda do suposto "nada".
Só não acredito que um motorzinho keppe consiga captar algo tão furtivo, e fazer isso em tal quantidade que dê para usar de forma prática, com um pequeno aparelho. Nós temos dificuldades de captar e usar diretamente uma fonte de energia muito mais interativa com nossa matéria, que é a energia solar, como faríamos painéis de captura de energia escura, ou de matéria escura, ou ainda de neutrinos funcionais?
Sonha Hugo, sonha, isso sempre nos foi permitido.