acalister escreveu:http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-40422012000800023&script=sci_arttext
Pena que você coloque um assunto tão interessante quanto esse e não faça nenhum comentário.
André, se tu lembra do outro barranco, eu argumentei que tudo que definimos, acreditamos, sabemos, se baseia exclusivamente na fé. Nós precisamos de uma boa teoria que nos leve a escolher qual o próximo passo a dar, se essa teoria é a verdade, acredite, quase nunca é, mas se nos faz feliz isso normalmente está ótimo. Por isso o que cremos normalmente não é uma definição da realidade, somente uma definição satisfatória para nós decidirmos nossas vidas. O que fazemos? Se vivermos cheios de dúvidas a vida vira um inferno, então depositamos fé naquilo.
Quem é tua mãe, minha mãe, a mãe da gente nós acreditamos, temos fé, que seja aquela senhora, para nossa idade uma velhinha, que nós criou desde que entendemos o que é ser gente. Essa certeza não passa de fé, fez DNA para ter certeza? Se fizer, como tu sabe que essa bosta de exame de DNA é realmente tão preciso assim? Fé!
Enquanto os cientistas tentam achar uma definição simples e inequívoca do que é a vida, eu, e imagino que muitos outros pensadores também, incluindo cientistas, estou tentando entender a natureza imaterial da vida de um ser inteligente e consciente.
Não estou falando de alma e espíritos, coisas que abrigam a vida de pessoas religiosas que não são cristãs. Nem estou falando segundo a visão do cristianismo, falo visando a lógica do que é um ser vivo, consciente e inteligente.
Estamos, a paços largos, indo em direção da consciência dentro de um mero computador, computadores que serão conscientes, inteligentes e serão declarados como coisas, objetos não vivos. Como poderemos ser tão cruéis assim no momento que criarmos a vida na sua maior forma de expressão, a vida consciente e inteligente?
No final das contas nós mesmos não passamos de informação, um programa, que é processada em um computador biológico, mas poderíamos ser processado em um futuro super computador. Pior é começar a desconfiar que a própria matéria não passa de informação sendo processada em uma espécie de computador mais louco ainda, pois não existe nada que conheçamos que seja capaz de rodar o programa "matéria" e simular que existe o próprio universo.
Na minha opinião, se um vírus biológico está no limiar da vida biológica, um vírus de computador começa a definir a vida cibernética. Será que a vida cibernética irá meramente evoluir nas entranhas de nossos computares conectados a internet, ou a vida cibernética será criada por nós? Seremos os deuses criadores da vida cibernética, quem sabe resumida as entranhas virtuais de uma rede de computadores, como TRON?