André tu conhece aquela coisa de fuga da realidade? Se tu está de frente a uma realidade extremamente desagradável, tu inventa uma realidade alternativa para escapar das consequências que ainda continuam inevitáveis?
Essa fuga da realidade é como o corno manso que prefere não acreditar que é chifrudo porque é apaixonado pela mulher, é como o fumante que acredita que só os outros vão morrer de câncer e não ele, é como quaisquer casos mais graves de fuga da realidade, como quem vê e acredita em disco voadores ou outra fuga alucinada de uma realidade inevitável e inaceitável.
Eu vou falar disso, do medo da morte, morte não somente de si próprio, que já é assustador, mas medo da morte do modo de vida que conhecemos, ou até de toda humanidade.
A 100 anos atrás pensar no “fim do mundo” era a maior besteira, coisa de religioso fanático; a 50 anos atrás o temor do “fim do mundo” se materializava, não mais como fanatismo religioso, mas a realidade de uma possível guerra nuclear; agora, com o avanço do conhecimento humano, fica evidente que existem 1000 formas diferentes de acontecer o “fim do mundo” e a guerra nuclear total já nem preocupa tanto assim.
Atualmente, segundo os cientistas e sábios modernos, podemos ser resumidos a cinzas, ou a uma sociedade caótica parecida com MAD MAX em pouco tempo e sem data para acontecer. Foi trocado o fanatismo religioso pela apreensão real de que é inevitável o “fim do mundo” e disso muitos tem feito, como podem, uma fuga da realidade. Nosso amigo Hugo passou a ver seres extraterrestres em sua fuga, além de acreditar em filmes de Hollywood (Matrix).
Segundo os “sábios”, da morte do sol não escaparíamos em alguns milhares de anos, mas antes disso, um pum do sol poderia causar imediatamente uma queima geral de todos os aparelhos elétricos nos levando a um inevitável MAD MAX, ou época das cavernas, também turbas religiosos ensandecidas, como ocorre agora, pode provocar uma quebra na estabilidade política abalada de várias nações e conduzir a uma desordem a nível MAD MAX (como vai acabar essa guerra contra o filme “inocência dos Mulçumanos?), sem contar com a ganância dos bancos que se autorregula, de tempos em tempos, com uma quebradeira geral, como foi em 1930. Nem disse 1% das possíbilidades do "fim do mundo".
Tu vai dizer que uma quebradeira financeira, uma guerra de fanáticos religiosos, que isso não causaria o fim do mundo. André, a 100 anos atrás um meteoro explodiu, com força de várias bombas atômicas, mas como foi antes da “era atômica” isso não foi um incidente de guerra total. Se isso acontecesse agora, até se descobrir que foi um meteoro e não um ataque nuclear inimigo, já teria começado uma guerra nuclear, ou seja, já não podemos ter um meteorozinho, quase inofensivo, explodindo em nossa atmosfera sem trazer o fim do mundo. A um pouco mais de 100 anos, houve um pum do sol que queimou toda a rede de telégrafos que existia e as pouca coisas elétricas que já funcionavam, mas naquela época, sem computadores controlando tudo, não houve uma quebradeira geral de serviços e instituições da sociedade. Se tal evento ocorrer denovo, antes do pum solar chegar a terra, nos temos que fazer um blackout mundial para só religar os aparelhos após passar o fedor do pum solar, com a perda inevitável de todos os satélites que temos agora.
Percebe que o que não acabava com o mundo a 1 século atrás agora ficou muito perigoso?
Como vira o fim do mundo? Não sei, mais tudo indica que vira e não adianta eu olhar pros céus atrás de uma nave salvadora que isso é fuga da realidade. Será que o Hugo entendeu agora?
Só me sobra uma dúvida, como os “fanáticos religiosos” sabiam que o mundo iria acabar a mais de 1000 anos atrás? Nós sabemos disso agora, mas como ele souberam disso numa época que o mundo não tinha limites ainda?