ET-e-HHO-existe escreveu: ET-e-HHO-existe escreveu:
Jonas, qual é a desse cara? Tu acreditou nele?
Minha opinião é que ele se apropriou da mecânica quântica para promover seus ideais. No fim das contas o que é que ele prega?
O Couto diz: "...como as pessoas vão entender ressonância, ou a mecânica quântica, ou toda a parafernália eletrônica que existe nesse mundo agora, se não entender a dupla fenda?"
Para começar, a menos que estejamos falando de diodo de efeito túnel em eletrônica, mesmo esse apenas saber que um efeito quântico é seu princípio de ação já seria suficiente, ninguém precisa estudar ou saber que existe mecânica quântica ou conhecer a experiência da dupla fenda com os elétrons para entender de eletrônica e ressonância.
Esse cara exagera, claro que tudo que acontece no macro mundo são reflexos do que acontece no micro mundo, mas são coisas tão distantes que podem ser completamente isolados uns fenômenos dos outros (exceto o diodo efeito túnel) que não vão interferir na compreensão de ninguém e muito menos no progresso cientifico.
Você precisa se preocupar com os efeitos quânticos que ocorrem dentro dos átomos de hidrogênio no sol para entender que sem o sol a vida na terra acaba? Claro que não! Basta saber que o sol é uma fonte de energia aparentemente inesgotável e entender como essa energia solar movimenta tanta coisa no planeta terra que sem ela a vida não existiria. Ninguém precisa saber do "experimento da dupla fenda" para entender essa verdade básica que explica uma das importâncias do sol para vida na terra.
Ele deveria parar de tornar seu conhecimento (duvidoso) em matéria prima indispensável para todos os outros saberes e tentar estimular as pessoas a meramente saber o que acontece no micro mundo, pois esse micro mundo é a base em que se sustenta o macro mundo, por mera curiosidade e não como conhecimento essencial.
Eu gosto da história do Bóson de Higgs, gosto porque eu sou curioso e quero saber de tudo, desde que aprendi a falar minha primeira palavra - "kisso?" - acho que antes mesmo de falar "papai" e "mamãe". Mesmo assim, sendo essa teoria que explica como a matéria existe e, portanto, a base para existência do nosso universo, mesmo assim eu não vou dizer que isso é um conhecimento essencial do qual todos os outros conhecimentos se derivam.
Gosto que ele (o Couto) faça uma alusão de que as coisas não são como nossa experiência comum nos faz parecer ser. Isso é importante porque muitas confusões existem porque discutimos um assunto onde cada um tem sua visão própria do que é o objeto da discussão e discutem pelo que acreditam, sem notar que um fala de pedra e outro de água e nunca vão se entender porque sequer igualaram uma ideia primordial do que é o objeto da discussão. Por exemplo: Falar de deus para alguns é falar de um velho mágico, de barba, sentado num trono em cima de nuvens, para outros um deus é apenas um simbolo de poder máximo capaz de fazer uma pessoa, ou um grupo de pessoas, dedicar sua vida em torno dele. Imagina uma discussão sobre se deus existe, se não se define o que seria esse deus?
Saber que as coisas não são como parecem teria ajudado aos repórteres, que noticiaram o teletransporte até de macro matéria, a entender que nenhum pedaço real de matéria foi teletransportado com a técnica, mas sim que usaram dois pedaços de macro matéria (milhares de átomos) como hospedeiros de um entrelaçamento quântico, podendo modificar um material em um lugar e ter seu efeito acompanhado no outro material a quilômetros de distânica. Os repórteres fazem parecer que um amontoado de átomos foram desintegrado num canto e re-apareceram em outro, não foi isso que aconteceu.
O Couto tem uma boa imaginação, capaz de romper com o óbvio e tentar ver o que ainda nem sequer foi imaginado, mas deveria deixar de tentar doutrinar uma ideia que ninguém, nem cientistas, ainda conseguiu descobrir (não falo da dupla fenda ou mecânica quântica, mas sim do resto que ele deriva disso)