ET-e-HHO-existe escreveu: h-roo escreveu:Uma das coisas que os das "trevas" mais trabalham para esconder das pessoas é a verdade da reencarnação, pois isso as liberta para a luz, isso liberta as pessoas da escravidão do comércio da fé...e os das trevas, como o Jonas fala, toma a mente das pessoas para que elas não acreditem em reencarnação.
"...torce, retorce, procuro mas não vejo! Será que era pulga ou era percevejo..."
lá lá lá
Capítulo V - Palingênese.
PALINGÊNESE. ACASALAMENTO DA ENERGÉTICA ESPIRITUAL NA GLÂNDULA PINEAL.
I - PALINGÊNESE
Vivendo o espírito em dimensão diferente, terá forçosamente que lidar com escala vibratória que atenda às suas necessidades. É claro que os elementos próprios de nossa organização material, os elementos químicos conhecidos da série estequiogenética, terão que se juntar a novos companheiros, aquém do hidrogênio e além do urânio, como natural conseqüência de enriquecimennto do plano em questão, onde as atividades espirituais reclamam maiores cotas de possibilidades. Bem justo que os elementos químicos nossos conhecidos se apresentem, também, em situações apropriadas no atendimento estrutural do espírito, correspondendo, principalmente, à questão de peso específico que caracterizaria e definiria a situação espiritual de cada ser. Como tal, em nosso planeta, sofreriam os espíritos, inevitavelmente, a influência gravífica ou força de gravitação, cuja atuação, manifesta e continua, considerando as imersões e emersões na matéria, favoreceriam a seus respectivos percursos evolutivos, donde deverá sair sempre mais complementado e experimentado.
Anote-se que os encarnados tem uma possibilidade sempre maior de evolução, quando atendem, no trabalho cotidiano, a um código harmônico na conduta. Nos desencarnados, embora se observe a evolução, esta deverá ser mais lenta e difícil, pela ausência da zona consciente, ou seja, do elemento corpóreo que, além de dar o contraste dimensional de renovação, fornece o véu do esquecimento. Nesse terreno carnal, as reações se esboçam melhor, pela presença de campo mais rico de solicitações e experiências, onde as dificuldades emocionais pregressas do espírito seriam bloqueadas em face da personalidade (corpo físico) e dos embates do meio. Assim, o desencarnado poderia arreglar (combinar) condições, preparar-se mentalmente, ajuizar futuras missões ou neutralizações cármicas, no plano em que se encontra; na carne, porém, existirá a posição ideal para grandes avanços ou violentas paradas.
Os espíritos desencarnados que ainda não conseguiram a evolução suficiente, portanto uma modificação no seu peso-específico, continuariam sofrendo as influências do nosso orbe, divergindo daqueles que, já livres das vibrações densas do seu envoltório perispiritual (psicossoma), alçaram os seus vôos para destinos superiores e desconhecidos. Os que por aqui ficam, anexados ao nosso sistema, aguardam as oportunidades de novas etapas palingenéticas na terra. A oportunidade de reencarnação, como todo processo fenomênico do cosmo, obedece à sua própria lei com precisão e segurança.
No espírito desencarnado, deficientemente evoluído, obrigatoriamente atado ao nosso sistema cósmico, os núcleos em potenciação da zona espiritual estariam carregados de material energético pobre, necessitando de serem burilados e melhorados. Desse modo, os núcleos em potenciação (capítulo IV), esses vórtices energéticos que responderiam pela Individualidade, ainda incompletos de qualidade positivas, não tendo atingido o valor em potencial que a evolução exige, iriam apresentando, no fim de um certo tempo de vida espiritual, uma espécie de redução energética por um processo de crescente neutralização. Este fenômeno se caracterizaria pela impossibilidade de os núcleos em potenciação absorverem, do ambiente espiritual em que se encontram, material energético suficiente ao metabolismo do psicossoma para atender aos movimentos, volições e outras atividades do espírito. Essas energias que ô espírito teria necessidade para sua sustentação, admitimos que se trate de unidades especiais de uma faixa vibratória cósmica (prana). Nessas condições, é claro que a absorção de energia cósmica poderia se dar pelas usinas energéticas do psícossoma (chacras ou discos energéticos), porém as diretrizes do processo estariam a cargo dos núcleos em potenciação - vórtices de vitalidade da Individualidade. A deficiência no mecanismo comum de absorção de elementos vitais, existentes no meio, para a vida do espírito, deverá ser o ponto marcante com início do processo reencarnatório. É claro que inúmeros fatores estariam corroborando no desencadeamento do mecanismo palingenético.
A medida que o processo de neutralização se desenrolasse no arcabouço energético espiritual, naturalmente, de modo muito lento, os núcleos em potenciação se tornariam, cada vez mais, incapazes de emitirem energias necessárias ao dinamismo do psicossoma. Dessa maneira, iriam ficando energeticamente morosos e insuficientes refletindo no todo vibratório, como se houvesse um bloqueio de atividades. A perturbação no dinamismo do psicossoma determinaria, aos poucos, para o espírito, um estado de torpor, impelindo-o à reencarnação, única maneira de continuar sua evolução pela mudança de estágio, isto é, renovação.
Sendo a condição espiritual vibratória, estará de acordo com a situacão evolutiva de cada um, mais precisamente, de acordo com a vibração que os núcleos em potenciação que estruturam o espírito emitem e difundem pelas zonas mais periféricas ou perispirituais (psicossoma). Esses núcleos podem ter uma emissão energética mais potente, mais sutil, mais leve, mais pura, própria dos evoluídos, ou uma emissão de potencialidade reduzida, grosseira, mais pesada, característica dos involuídos. As emissões energéticas dos núcleos em potenciação como que alimentam e nutrem as capas vibratórias do espírito, isto é, o psicossoma, reflexionando no mesmo, após adaptações e filtragens, a intensidade de suas fontes.
Se os núcleos em potenciação pertencem a um espírito de vibrações grosseiras e em fase reencarnatória, mais rapidamente deverão entrar neste processo de neutralização energética do que aqueles cujas energias são mais puras e leves. Seria lógico que os núcleos em potenciação de vibrações densas, mais pesadas, tenham mais afinidade pela matéria (energia concentrada), necessitando de contatos mais diretos com a mesma para equilíbrio de seu dinamismo.
De tudo isso conclui-se, que os espíritos mais atrasados mais condicionados se acham para a reencarnação; os mais evoluídos reencarnariam com grande intervalo de tempo, pela possibilidade de mais fácil aquisição de material dinâmico (prana) necessário ao metabolismo do psicossoma e por possuírem, em potencial, qualidades energéticas que lhe permitiriam "viver" mais tempo no estágio dimensional em que se encontram.
Assim, a palingênese seria processo intransferível da Grande Lei, avisando a cada Individualidade o momento oportuno. Os espíritos involuídos, muito próximos das razões animais, mergulhariam no fenômeno palingenético desconhecendo totalmente o desenrolar dos acontecimentos, sem concientização dos fatos; entretanto, os espíritos esclarecidos, quando seu período reencarnatório se aproxima teriam um melhor conhecimento da situação, lançando-se em labores que lhe são necessários ao desenvolvimento. Existiriam casos mais raros, em que as reencarnações seriam adrede preparadas para os grandes espíritos que vem a terra em missões especiais, tendo, por isso, que acelerar o processo ou mecanismo em torno do qual a reencarnação se instala; haveria, por assim dizer, uma espécie de magnetização do psicossoma retirando de suas "células energéticas" as substâncias responsáveis pelo equilíbrio do metabolismo espiritual corresponderia a um verdadeiro adensamento da organização espiritual, possibilitando o mergulho na esfera carnal dos homens. Devemos considerar que, qualquer que seja a reencarnação, se dum espírito evoluído ou involuído, o mecanismo, em linhas gerais, seria sempre o mesmo em face da matéria, embora tenhamos como lógico que o processo palingenético possuiria expressões a propriadas a cada ser.
Quando as energias dos núcleos em potenciação de uma entidade espiritual se encontrassem na fase final de declínio, portanto, quando os núcleos em potenciação fossem atingidos, em sua totalidade, pelo processo de neutralização (desgaste e esgotamento), a solução para renovação e recuperação da energética do EU, só se daria pela reencarnação. Logo, o mecanismo palingenético que propicia a mudança dimensional da Individualidade, é quem realmente favorece e dá o sentido renovador do ser, sequioso de evolução.
O espírito, conforme o grau de evolução em que se encontra, tendo ou não conhecimento do processo palingenético que o atingiu, só iniciaria a reencarnação quando houvesse o terreno material propício a recebê-lo. Devemos imaginar a existência de outras forças desencadeantes do processo, ligadas ao cadinho materno. Assim, o espírito, com suas próprias vibrações, aproxima-se da matéria que lhe é mais afim, estabelecendo um entrosamento energético, onde a rede vibratória do psicossoma materno desempenharia o relevante papel de orientador, receptor e protetor da Individualidade que busca um organismo físico para colher novas experiências e aprendizados diversos. A sintonia vibratória entre o espírito reencarnante e o psicossoma materno, iria aumentando até que houvesse identificação perfeita das fontes energéticas que estão se aproximando e harmonizando. Do lado do psicossoma materno a região que albergaria o espírito seria aquela pertencente a usina genésica (disco energético ou chacra genésico), estação vibratória absolutamente credenciada para tal fim e que comandaria não só o correspondente setor energético do psicossoma, mas também, o aparelho sexual do organismo físico.
Os embates vibratórios entre espírito reencarnante e matéria, orientados pela usina de energias do psicossoma materno, permitiriam a aproximação definitiva desses dois elementos, até que a parte passiva (matéria) se achasse em condições de ser assaltada. O momento favorável se apresentaria durante a união do gameta masculino com o feminino - fecundação - transformação do óvulo em ovo com apreciável choque biológico. Aí nesta ocasião em que as vibrações do espírito reencarnante se encontrassem perfeitamente harmonizadas com a matéria, haveria uma concentração com redução do tamanho espiritual sob a influência de "carga magnética" de elevado poder. Essa redução se daria às expensas do psicossoma (veste do espírito), o que ativaria o processo de obnublação do psiquismo espiritual. Haveria, como que, uma justaposição do reencarnante no perispírito materno, adelgaçando-se e fundindo-se. Ao mesmo tempo, evidenciaria-se um acentuado tropismo do espírito em direção à célula-ovo, que posteriormente passaria a ter em seu íntimo o verdadeíro elemento responsável pela morfogênese da espécie.
Dessa forma, o cadinho materno, com seu alto poder energético, englobaria o espírito reencarnante e possibilitaria as suas expansões renovatórias no corpo que está despontando para uma nova vida física. Entretanto, o estado vibratório do espírito reencarnante, pela enxertia mental, seria percebido pela mãe. Haveria permutas de vibrações, doentes ou sadias, de ambos os lados. As aparentes extravagâncias da mulher grávida teriam como causa as influências do espírito reencarnante. No dizer de André Luiz: "O organismo materno, absorvendo as emanações da entidade reencarnante, funciona como um exaustor de fluidos em desintegração, fluidos esses que nem sempre são aprazíveis ou facilmente suportáveis pela sensibilidade feminina".
Como vimos, no capitulo sobre fecundação, o espírito reencarnante trazendo a própria potencialidade sexual (masculina ou feminina), antes mesmo de se instalar no ovo, influenciou o óvulo no sentido de atrair e conduzir, com equilíbrio e precisão, o espermatozóide mais credenciado à formação do sexo do futuro ser, quer seja masculino (espermatozóide Y), quer feminino (espermatozóide X). Nesta ordem de idéias, se compreendem e explicam com lógica, as formações sexuais intermediárias, com todas as varíedades existentes, quando o próprio espírito reencarnante se encontra em estado patológico, em evidente desarmonia, porquanto, as suas condições mais Íntimas serão transportadas na construção orgânica, apesar da variedade de espermatozóide que foi atraído pelo óvulo.
Nicola Pende, eminente biólogo, está ao lado das idéias palingenéticas, embora não aborde o mecanísmo biológico e sim o conceito filosófico da questão, condiz: " . .. está mais de acordo com os maravilhosos fenômenos da embriogênese humana e com a mesma doutrina tomista da alma intelectiva única vivificadora de todo o corpo - vale dizer que a alma se une ao corpo, no mesmo momento da concepção".
Impelido o espírito ao processo reencarnatório, uma redução se observaria em seu tamanho, pela lenta absorção de sua veste perispiritual ou psicossômica. As camadas internas espirituais, naturalmente pelas condições dimensionais mais evoluídas, não obedeceriam a esta redução, porquanto, sabemos que são elementos energéticos próprios de dimensões superiores, não ocupando espaço; este realmente será ocupado pelo psicossoma, exclusivamente por ser o esqueleto energético fixador do organismo físico. Assim, a redução espiritual observa-se no psicossoma ou capas vibratórias do espírito, que se retraem por concentração com diminuição dos espaços intermoleculares, que lhes são próprios, ocupando em extensão a região do útero materno, para liderar a construção do organismo que aí se fixa por determinado tempo. "Unido à matriz geradora do santuário materno, em busca de nova forma, o perispírito sofre a influência de fortes correntes eletromagnéticas, que lhe impõem a redução automática. Constituído à base de princípios químicos semelhantes, em suas propriedades, ao hidrogênio, a se expressarem através de moléculas significativamente distanciadas umas das outras, quando ligado ao centro genésico feminino experimenta expressiva contração, à maneira do indumento de carne sob carga elétrica de elevado poder. Observa-se, então, a redução volumétrica do veículo sutil pela diminuição dos espaços inter-moleculares. Toda matéria que não serve ao trabalho fundamental de refundição da forma é devolvida ao plano etereal, oferecendo-nos o perispírito um aspecto de desgaste ou de maior fluidez". André Luiz.
Explique-se que, o espírito ocupando, em tamanho, o útero grávido, pela redução do psicossoma, determinados núcleos em potenciação absorveriam parte das energias obrigatoriamente cedidas pela concentração, retendo as qualidades dessa energia psicossômica e usando-a na elaboração de um novo psicossoma. Este harmonizaria e transmitiria as influêncais das camadas energéticas centrais do espírito ao organismo que está sendo construído, no útero, à custa da herança biológica de determinado espermatozóide com determinado óvulo. Dessa maneira, as energias concentradas do psicossoma como que se misturariam e representariam uma única zona vibratória; só se modificaria e apresentaria caracteres próprios, à medida que se fosse desenvolvendo ao lado do novo corpo que influencia e indiretamente comanda.
Assim, o novo psicossoma possuiria suficiente energia para a construção de um novo vestiário, que à maneira de um ímã vai aglutinando as unidades físicas; entretanto, ficou, em determinados núcleos em potenciação, a dinâmica do antigo psicossoma na intimidade do EU. Isso daria possibilidade aos espíritos mais categorizados de poderem apresentar-se com capa psicossômica variável de uma de suas etapas palingenéticas.
O crescimento do produto de fecundação - o embrião - acompanharia a expansão e crescimento do psicossoma que traz sempre em suas expansões terminais (genes cromossomiais), as sugestões originadas na zona dos núcleos em potenciação. A medida que o psicossoma se expande, também iria se fixando melhor em numerosos pontos do organismo físico que lhe obedeceria as diretrizes.
No processo da reencarnação quando o espírito inicia a sintonização com a matéria, iria também, preparando seu campo de recepção; haveria o que poderíamos chamar interpenetração de dimensões, com enxertia mental para o lado da organização feminina. A matéria pela sua própria emissão energética se lançaria para a dimensão-tempo (quarta dimensão) e o espírito sintonizaria da sua dimensão-consciência (quinta dimensão) a 4ª dimensão, em busca de um novo terreno para recompletar as suas necessidades reconstrutivas, isto é, renovadoras. Desse modo, a mulher grávida acolhe a atmosfera espiritual da Individualidade reencarnante, suportando as distonias quando se trata dum espírito em débito de consciência, ou absorvendo as alegrias e sublimando emoções quando o filho é possuidor de belas qualidades morais e larga evolução. Assim, o campo mental feminino estará invadido, como que hipnotizado, por certo tempo e traduzindo, nessas circunstâncias, dum lado as antipatias súbitas, as extravagâncias, as inesperadas fantasias, o decréscimo de vivacidade mental, até mesmo as psicoses temporárias, e do outro lado, indizível felicidade e sensação de um profundo bem-estar.
As energias dos núcleos em potenciação, como vimos acima, variam de acordo com a evolução espiritual. Desse modo, terá que haver, num processo tão complexo como é o da palingênese, algumas variações e díssonâncias do mecanismo geral. Todas as entidades que se encontram avançadas na evolução como unidades energéticas mais categorizadas, terão possibilidades acentuadas de eroissão, penetração e controle das energias; menos evoluídas (que menos evoluídas que a cercam, do ambiente em que militam. Nào acontecendo o mesmo aos espiritos involuídos, com suas irradiações densas, geralmente de caráter destrutivo e ainda nas esferas animais, jamais conseguindo influenciar os ciclos superiores; muito ao contrário, são influenciados por estes, mesmo contra a vontade (liberdade limitada). O que não seria se um ente atrasado, sem compreensão da harmonia cósmica, pudesse intervir indiscriminadamente nos fenômenos universais? A Lei é de uma lndefinível precisão do particular ao coletivo, espraiando-se por todo o infinito em bases seguras e ordenadas.
Os espíritos pouco evoluídos que chegando a condição reencarnatória, pela neutralização energética dos núcleos em potenciação, começariam a apresentar uma diminuição nos seus movimentos e atividades. A volição, variando com a evolução da entidade espiritual, dum modo geral, nos espíritos inferiores, será naturalmente reduzida. Durante o período reencarnatório a volição praticamente desaparece, entrando o espírito, aos poucos, numa fase ele torpor que coincidiria com a redução do psicossoma, chegando ao termo máximo de obnublação de "consciência" quando a reencarnação está encaminhada e praticamente definida; quanto maior for o tempo do processo reencarnatório mais prolongado deverá ser o estado de torpor com obnublação do "estado consciente" .
A diminuição das atividades espirituais, ausência completa de volição, presença do estado de torpor e sintonia com o psicossoma materno ao nível do disco genésico, traduziriam desencadeamento do processo reencarnatório.
Com o mecanismo de atração recíproca - dum lado o espírito (pólo positivo) penetrante, do outro lado a matéria (pólo negativo) receptora -- a vida que equilibra e caminha na rota que a evolução traçou. Naturalmente que o elemento positivo, embora influenciado pelo negativo, não deixa de ser o elemento diretor. O princípio espiritual domina integralmente toda a cadeia de reações que se desenvolvem por ocasião do fenômeno palingenético.
Quando as afinidades entre matéria e espírito se definem, e os laços vibratórios se acham intimamente ligados, de modo a não mais se desfazerem, o psicossoma completaria a sua redução com perda de "consciência" do todo espiritual. A redução espiritual seria um fenômeno de concentração exclusivamente, não havendo gastos ou perdas. Parte das vibrações da zona periférica do espírito (perispírito ou psicossoma), como já referimos, seriam absorvidas pelos seus respectivos núcleos em potenciação, que passam a reter, em potencialidade, todas possibilidades energéticas do psicossoma em dissolução.
Ficaria, assim, o conjunto espiritual reduzido ao tamanho do útero em início de gravidez, de cujas zonas mais periféricas tomaria nascimento o novo psicossoma, que necessitaria de tempo igual àquele gasto para conclusão do organismo físico. É preciso esclarecer que a contração energética-espiritual representaria renovação, e, como tal, as novas potencialidades psicossômicas seriam bem maiores que as anteriores, explicando, destarte, o impulso no mecanismo evolutivo. A palingênese, como todo fenômeno renovador, sempre se daria em posições mais avançadas que o ciclo precedente; no caso em apreço, o espírito sempre grangearia novas potencialidades e experiências do estágio anterior, pela herança dos caracteres adquiridos.
Nesta situação o produto da fecundação - o ovo - perfeitamente nidado na mucosa uterina, teria a complexa fenomenologia ontogenética ligada diretamente ao Espírito, Princípio Vital, que sulcaria na matéria todas as possibilidades filogenéticas de que é portador, possibilidades adquiridas pelas experiências sem conta através dos evos, e fixadas nessas úteis e necessárias repetições.
Durante a morfogênese do embrião, as emanações espirituais que dirigem este processo podem sofrer pequenas oscilações da própria dimensão em que militam, para melhor ou pior, como se fossem, no caso da matéria, as oscilações químicas dependentes do meio. Daí a importância do comportamento psíquico de quem alberga o ser reencarnante, mormente por todo o tempo da embriogênese, mantendo harmonia de pensamentos, explorando virtude, acalentando posições morais construtivas, que fatalmente irão influenciar, positivamente, esse importante mecanismo biológico. A própria herança física, a vida humana resultante dos cromossomos paterno e materno, não constitui por si só a expressão de conflitos biológicos, como asseveram alguns fisiologistas; porém o resultado da cooperação da mente materna, ao lado do espírito reencarnante, provocariam, dentro de precisas leis, a movimentação das necessárias forças orgânicas.
No ingresso reencarnatório, após a perda total de "consciência", o espírito recordaria automaticamente as experiências por que passou nos caminhos da evolucão: essas experiências são perfeitamente gravadas no ovo, nos primeiros dias da vida intrauterina. com o aparecimento das nuanças da evolução filogenética. O organismo mais aperfeiçoado teve na ameba seu início; nas fases embriológicas sucessivas não difere da formação do réptil e da ave; entretanto, a responsabilidade pela diferenciação morfológica estaria no valor energético do espírito - a ontogênese repete a filogênese.
Fato semelhante observa-se no momento da morte física, onde o processo de cadaverização determinaria verdadeira histogênese espiritual, gravando nas recentes unidades energéticas organizadas do psicossoma as lembranças dos acontecimentos de toda a vida, memorizadas em tempo relativamente curto. Fatos de tal quilate tem sido comprovados pelo relato de pessoas que sofreram desastres sem conseqüências graves, nos suicídios e acidentes frustrados, onde se dá verdadeira síntese mental das experiências, em espaço de tempo muito reduzido.
Assim, os ciclos de evolução, nascimento e morte na matéria, deixam transparecer as diretrizes de um processo biológico, onde as unidades celulares físicas ou psicossômicas, respectivamente reencarnação e desencarnação, são lapidadas, magneticamente, pelo expresssivo mecanismo renovador. Desse modo, pode explicar-se a ausência de um ciclo fechado ou vicioso na evolução; e sim a existência de uma espiral sempre aberta em busca das infinitas dimensões ...
Nos espíritos que vivem ainda nas raias da animalidade, o processo reencarnatório apresentaria o detalhe de que a redução do conjunto espiritual atinge o seu máximo, não se limitando, em espaço, ao tamanho do útero, e sim às dimensões microscópicas para acasalamento no núcleo da célula-ovo, a fim de lá marcarem, no terreno físico, as condições que favorecem a própria evolução. Anote-se que por causa de a redução espiritual alcançar limites microscópicos, isso determinaria, em grau mais acentuado, uma espécie de diminuição das energias espirituais e ligeiro adormecimento dos vórtices dinâmicos, que seriam aos poucos despertados pelo auxílio da mente materna, até que esses vórtices ou núcleos em potenciação da zona espiritual emitam convenientemente as energias responsáveis pela morfogênese.
A aspiração desses espíritos mais involuídos seria ressurgir constantemente na carne, cujas manifestações constituiriam seu maior atrativo por necessidade evolutiva, transformando-se num verdadeiro monoideísmo, neutralizando quase totalmente outras emoções; dessa forma, fecha-se o espírito com pensamento fixo auto-hipnotizante ("estado letárgico") num monoideísmo que só será reversível quando outros estímulos o despertarem de seu retraimento e atrofia do circuito fechado em que se encontra; o cadinho ovular, quando reclama e atrai energias apropriadas para seu desenvolvimento, ofereceria esses estímulos.
O psicossoma por sua organização energética atuando, portanto, em dimensões acima da dimensão-espaço - apresentaria plasticidade muito grande em comparação com outras energias mais comuns. Desse modo, a redução da organização psicossômica no processo reencarnatório seria compreensível e mais ainda: a absorção das qualidades de sua energética, pelos núcleos em potenciação, levaria suas energias a outras dimensões menos densas, com o afastamento cada vez maior da dimensão-espaço. Isto nos daria a compreensão da possibilidade de contenção e localização de todo potencial espiritual no núcleo de uma célula. Logo, a redução espiritual, que se observaria em dimensões miicroscópicas não deve ser considerado um absurdo, pois sabemos que as energias se econtram em outras dimensões, além da dimensão-espaço conhecida. No caso de essa energia vital ocupar o núcleo celular, não haveria propriamente enchimento de espaço, e sim local de manifestação de dimensões superiores, por intermédio de suas energias neste ponto, onde despertaria de modo ordenado a matéria, invólucro do verdadeiro ser.
Nos espíritos mais evoluídos, que também tem suas oportunidades reencarnatórias, estas divergiriam um pouco, quanto às fases, mas não quanto ao mecanismo, que seria o mesmo em sua essência. Um espírito desta categoria teria conhecimento preciso da época em que deve reencarnar e por isso mesmo, na maioria das vezes, escolheria sua tarefa por ter qualidades para tal fim, isto é, o prêmio da liberdade, tanto maior quanto maior for a evolução do ser. Os espíritos evoluídos jamais contrariam a Lei, jamais quebram sua harmonia; muito ao contrário, são operários de boa-vontade do trabalho universal.
Como já vimos, a necessidade reencarnatória, como condição de evolução, anuncia-se por uma série de sintomas, mais fulminantes e acentuados dos involuídos. Nos evoluídos as fases sucedem-se naturalmente sem tempestades. A incapacidade cada vez maior, dos núcleos em potenciação para absorverem, do ambiente em que se acham, as energias necessárias às suas condições vitais, determinaria uma diminuição de atividades do espírito, sendo que os movimentos volitivos seriam os primeiros a ser atingidos com o processo de neutralização. Nesse momento, o espírito já se acharia sintonizando com a matéria que se prontificou a abrigá-la; a sintonização se iria estreitando, de modo sempre crescente, até que os laços não mais se dissolverão. E nesta situação, ainda afastado da matéria, do útero que abriga o ovo, emitiria suas energias diretivas sem necessidade de penetrar desde já a atmosfera uterina.
Até o momento só haveria diminuição dos movimentos volitivos, nada acontecendo para o lado do "estado consciencial", a não ser no máximo, pequeno estado de torpor. O "estado consciencial" do espírito influiria grandemente no desenrolar do processo palingenético, a ponto do encadeamento do processo ser grandemente facilitado, quando houver colaboração "consciente" do próprio EU reencarnante.
Entre o 4° e 5° mês de vida intrauterina é que o espírito começaria a entrar em "estado de semiciência", atingindo, em curto tempo, a total inconsciência. Logo a seguir, o fenômeno redutivo do psicossoma se esboçaria com características semelhantes às dos espíritos pouco evoluídos. A redução espiritual seria tanto maior quanto mais involuído fosse o espírito, e tanto menor quanto mais evoluído.
O espírito reencarnante, pela variabilidade do processo palingenético, poderia acasalar-se no núcleo da célula-ovo, ocupar os limites do útero ou maiores extensões. Em qualquer destas condições o conjunto energético espiritual, entre o 4° e 5° mês da vida intra-uterina estaria acasalado na zona da futura glândula pineal, embora suas expansões energéticas ou psicossoma atingissem e acompanhassem o tamanho do útero por todo tempo de gestação.
É justamente entre o 4° e 5° mês de vida intra-uterina do embrião humano que a glândula pineal apresenta um esboço, contendo células, elementos de sustentação e vasos, alcançando cerca de 2mm de tamanho. Seu desenvolvimento ainda não está completo, lembrando o olho pineal de certos lacertídeos, confirmando na ontogênese a repetição da filogênese. O aspecto glandular, embora primitivo, segundo Globus e Gilbert, desenha-se em volta do 5° 1/2 mês. Apenas no 6° 1/2 mês, em média, é que as massas celulares, dispostas em cordão, adquirem uma arquitetura de mosaico característica do estado pré-natal. A diferenciação continua à medida que a histogênese avança, e nos últimos dias de vida fetal e primeiros da vida extrauterina aparecem alterações da mais alta importância histológica. Após o nascimento, vinte dias depois, a disposição celular, não apresentando mais aspecto hemorrágico próprio do recém-nato, dá ao órgão verdadeira fisionomia glandular.
A evolução da pineal progride, como também o processo de acasalamento do conjunto energético-espiritual que impulsionaria, na glândula em questão, com sutil energética, os diversos e necessários estados mentais onde os mecanismos de reflexão, meditação, do pensamento e do discernimento se vão ampliando, cada vez mais, na linha evolutiva do homem. As modificações, que se seguem, da glândula pineal, são perfeitamente observadas até os dois anos de idade. Daí por diante, os processos evolutivos são lentos, imperceptíveis, alcançando, aos seis anos, a estrutura definitiva. É também neste período, entre o 6° e 7° ano de idade, que a reencarnação poderia ser considerada como definitiva e concluída, pois a energética-espiritual que "habita" a glândula pineal deverá passar por uma série de fenômenos adaptativos, até que consiga manter-se em perfeito equilíbrio, em face da área que o sustenta.
Nas vizinhanças do 7° ano de vida física, as zonas periféricas do psicossoma devem encontrar-se perfeitamente aderidas às células que influenciam, principalmente do sistema nervoso, embora deixando escapar pontos energéticos que se lançam e se perdem na corrente circulatória, zona de revolvimento das correntes vitais. É também neste período, que o organismo físico preside e dirige a formação dos elementos sanguíneos em bases mais fixas e seguras.
A glândula pineal desde o início de sua formação está ligada ao departamento sexual e deve, na fase embrionária, fixar condições que lhe permitam participar da organização perispirítual; essas funções, ligadas ao sexo (personalidade) e ao psicossoma (individualidade), possibilitariam ser a glândula pineal a mais alta estrutura do corpo físico. Com isso, interviria no acordar da puberdade, ao tempo em que laboraria suas altas funções psíquicas a se expandirem pela zona consciencial. Extraia-se a pineal de um ente humano e teremos um idiota, sem vontade, sem personalidade, sem equilíbrio e sem função sexual; a falta da pineal atinge a totalidade do soma e impossibilitaria a manifestação espiritual.
Por tudo, a pineal seria o médium do EU (espírito) para a Personalidade (corpo físico) - um verdadeiro filtro de energias. Daí a sua grande participação na fenomenologia mediúnica.
Pela descrição, percebemos a diferença existente entre os espíritos involuídos e evoluídos, quanto a reencarnação. Lembramos igualmente que entre os graus extremos de espiritualidade (involuídos e evoluídos), existiria uma série quase interminável de nuanças reencarnatórias com pequenas variações do mecanismo central. Linhas atrás, mostramos que o processo reencarnatório dos involuídos se caracterizava pela redução da energia espiritual, até mesmo a limites microscópicos, seguindo-se o respectivo acasalamento energético no núcleo da célula-ovo que, por sua vez, passaria a dirigir os fenômenos que sucedem a fecundação. O acasalamento do espírito reencarnante se iria dando à medida que as emanações energéticas dos núcleos em potenciação se iriam fixando nos respectivos genes cromossomiais afins, do núcleo da célula-ovo (cromossomos paterno e materno). Porém, quando o esboço pineal começa a desenhar-se, grande parte das energias espirituais propulsoras da ontogênese lá já se achariam instaladas, pois a pineal se formaria em torno desses centros e as fases embriológicas posteriores obedeceriam-lhes cegamente, reconhecendo suas altas e poderosas qualidades diretivas.
Até que o homem atinja alta espiritualidade e se desligue desse orbe para outros destinos, terá que sofrer periodicamente, de acordo com as imutáveis leis cósmicas, o processo renovador e lógico da reencarnação. Seu espírito utilizará o instrumento adequado, o corpo, terá suas engrenagens, seus automatismos mecânicos, como também, os diversos reflexos sujeitos às múltiplas influências externas do meio, mas sempre dirigido e orientado pela Energética Espiritual.
Desse modo, podemos traduzir o fenômeno palingenético como variável e de acordo com cada espírito reencarnante, pois as oscilações são imensas e variáveis para cada caso. Como não existe uma "morte" do organismo físico, igual para os seres, não existiria, igualmente, fixidez no processo reencarnatório para o espírito. O mecanismo geral pode assemelhar-se, porém os detalhes particulares são tão infinitos quanto a potencialidade cósmica que acoberta e protege os fenômenos ela vida.
A apresentação do mecanismo palingenético, em nossa descrição, corresponderia a uma leve pincelada do fenômeno, desconhecido quase que integralmente em suas fases reais. Devem intervir miríades de fatores sutis diretamente ligados às Organizações Espirituais encarregadas da direção dos fenômenos em questão, melhorando tendências, fornecendo melhores possibilidades energéticas em face das energias decadentes de espíritos faltosos, no sentido de maior equilíbrio e adaptação ao mecanismo evolutivo.
São muito expressivas as palavras ubaldianas em A Grande Sintese: "... não poder existir senão ao preço de uma renovação contínua, significa ter que marchar dia a dia pela grande estrada da evolução. Vós vos apegais à forma; credes que sois matéria e quereríeis paralisar este maravilhoso momento; para prolongardes a ilusão de um dia, desejaríeis fazer parar a marcha maravilhosa. Mas, além da juventude do corpo, possuís a inexaurível e eterna juventude de uma vida maior do que a terrestre, na qual sois indestrutíveis, eternamente novos e progressivos. Sede, jovens não no corpo caduco, mas no espírito eterno; não vos ponhais a considerar o alvorecer e o crepúsculo de um dia, porque todo o pôr do sol prepara nova aurora. É lógica, simplíssima, evidente, a lei de equilíbrio, pela qual, assim como tudo o que nasce morre, também tudo o que morre terá que renascer" .
O conjunto energético (espírito) encontraria na glândula pineal o material adequado para o seu acasalamento. Este seria perfeito, pois a energia espiritual é quem modelaria a glândula e faria da mesma o seu casulo, uma estação receptora. O processo do acasalamento não deve dar-se diretamente na porção material da glândula; deve haver um entrosamento energético com as expressões vibratórias do novo psicossoma que se está definindo, com as emanações energéticas naturais da matéria, sua conseqüência.
O espírito, ao se acasalar, equilibraria-se em campos de forças com influência mútua: a matéria determinando por intermédio de suas forças densas, espécies de polarização do campo eletro-psíquico (dimensão ciência); este sustentando diretamente a organização das forças eletro-biológicas (dimensão-tempo). Assim, as camadas do espírito se expressariam na dimensão-consciência e as camadas mais superficiais do psicossoma encontrariam-se, praticamente, na dimensão-tempo.
A porção interna da pineal, como toda matéria que é conseqüência da energia, emitiria vibrações que se encontram com aquelas da zona espiritual. Desse modo, existiria uma faixa vibratória na pineal, que seria justamente o ponto de encontro das suas emissões energéticas, que aí se interpenetrariam, havendo como que uma verdadeira engrenagem e conseqüente fixação com aprisionamento do conjunto espiritual. Em outros termos: a energia se vem degradando, concentrando-se, condensando-se e finalmente transforma-se na matéria; esta seria a natural continuação do processo de concentração energética. Desse modo, o entrosamento de que falamos o foi com finalidade de delimitar matéria e energia no todo orgânico. As demais fixações energéticas do psicossoma no organismo físico em formação, por sua vez, contribuiriam para melhor ajuste do acasalamento do espírito na glândula pineal. Logo, o aprisionamento do conjunto espiritual no setor pineal não quer dizer que não possa expandir-se e projetar-se em sua própria dimensão; a glândula pineal seria o ponto de "existência do espírito", a fonte central do EU.
A nosso ver, é nesta faixa vibratória, na glândula pineal e nos diversos pontos de encontro das energias do psicossoma com o organismo físico, nesta "zona de encontro", de energias diferentes, onde se observariam os choques vibratórios do espírito e da matéria, que teria origem no organismo parte das sugestões e das influências para a conduta humana, estabelecendo diretrizes para a personalidade. As influências poderiam ser, mais ou menos material ou espiritual, conforme a evolução do indivíduo, havendo como que maior exteriorização da herança física ou espiritual. Não estaria esta zona de entrosamento de energias influenciando as sugestões do livre arbítrio? Não determinaria este encontro de energias uma parede, um verdadeiro véu na psique, onde as atividades de vidas passadas esbarrassem, sem conseguirem exteriorização na zona consciente do momento?
A medida que o homem se vai firmando na escala dos seres vivos, seu arcabouço externo ou corpo físico representaria a conseqüência e o reflexo do vórtice dinâmico de seu próprio espírito. Seria como que a condensação máxima das influências dinâmicas que, tendo origem num centro apurado de energias criativas, iria sofrendo condensações, verdadeiras mudanças de dimensão, do mais quintessenciado ao mais condensado. Dum lado, o espírito com suas emissões e do outro, o corpo físico; entre o espírito e a matéria os diversos estados intermediários necessários às ligações, sem mudanças rápidas de estágio dimensional da substância.
Desse modo, possuiria o espírito uma série de envoltórios, verdadeiras coberturas, que se iriam adensando à medida que fossem chegando à periferia ou corpo físico, onde estaria a tela comum das manifestações; local onde as experiências da vida seriam mais intensas e necessárias ao espírlto que se encontra em fase construtiva. Nesta zona, o espírito absorveria de tudo, inclusive as dores na obra reconstrutiva de si mesmo.
Todos esses envoltórios seriam zonas dimensionais diferentes, traduzindo zonas protetoras, filtros equilibradores das energias espirituais, e, ao mesmo tempo, representariam véus, paredes obstrutivas a determinadas manifestações de ordem interna não permitindo o devido registro pela zona consciencial de nossas atividades comuns de encarnados.
O envoltório dinâmico mais periférico, em relação direta com as células do corpo físico, teria possibilidades de transmutações e reconstruções, quando da perda do corpo físico pela morte do indivíduo, como equilíbrio energético da nova dimensão de vida espiritual; assim, também, possibilitaria as necessárias e naturais modificações quando da volta do espírito ao corpo físico. Esta zona de energética periférica, com aspecto transmutativo comum, nos processos reencarnatórios e desencarnatórios, representaria um verdadeiro VÉU OBSTRUTIVO que não deixaria passar as correntes dinâmicas profundas (zonas profundas do inconsciente ou espírito), sede dos arquivos da alma, senão sob forma velada de tendências, instintos, aptidões e outras potencialidades afins.
As janelas da alma jamais estariam escancaradas a revelar o passado, quase sempre carregado de erros, incongruências e animalidades. Para se construírem e neutralizarem as potencialidades negativas do espírito, será necessário o esquecimento do fardo atormentador das vidas pregressas. Somente o processo reencarnatório, das renovações periódicas da Personalidade ou corpo físico, com o apagamento temporário do pretérito, poderá oferecer as condições que concorrem para um velamento maior da alma que, no mergulho da condensação que esconde sua luz, procura, nos atritos do meio, as experiências, o trabalho variável e multiface, tudo cercado pela dor com todos os seus matizes, a ensinar e ampliar as condições reais de evolução.
Os diversos envoltórios dinâmicos do Espírito teriam que ser variáveis em constituição e densificação, em face da evolução espiritual de cada um. Quanto mais involuído fosse um espírito, mesmo fora do campo físico, não teria condições de percepção de suas atividades mais íntimas, pelas densas coberturas que ainda o envolvem, limitando seus horizontes perceptíveis. Somente a evolução, por um processo de rarefação dos envoltórios dinâmicos do espírito (perda de "peso" com respectiva iluminação), poderia fornecer as condições de libertação e ampliação das percepções, porquanto maior campo de atividades não pode nem deve ser manuseado pelos insensatos e incapazes.
O mergulho na carne, mesmo de espíritos mais evoluídos, constituiria sempre uma limitação, onde determinados setores da zona consciente seriam sempre fustigados pelas tendências mais íntimas da energética espiritual, como necessidade" construtivas de zonas interiores ainda carentes. A construção pela experiência, trabalho ou dor, dar-se-ia sempre com desconhecimento real dos fatos pregressos. Esse desconhecimento se daria pela existência dos véus ou envoltórios, em que as energias do psiquismo profundo vão esbarrando ao atravessarem, antes de chegar ao corpo físico, as diversas dimensões que constituem a proporção intermediária - o psicossoma ou perispírito"
Todo esse mecanismo envolvente, ao criar maneiras ou véus que favorecem o esquecimento temporário, constitui um bem, uma necessidade, e do mais alto alcance psicológico. O conhecimento dos erros, a lembrança dos fatos e realidades alicerçadas no mal, ao lado dos contingentes de vaidade e orgulho, seria um empeço natural ao processo e ao avanço. Quantas vezes, pequenos fatos que nos causam certo asco, representam verdadeiros impedimentos às realizações, aos avanços, à construçâo do próprio ser; o que não seria, se tivéssemos conhecimento de todo o nosso passado milenar, onde as incongruências, animalidades e crimes são a condição corriqueira e habitual? Que tipo de reações teríamos ao tomarmos conhecimento dos perseguidores, inquisitores e destruidores de toda ordem, renascidos no ciclo sagrado da família com finalidade de neutralização das desarmonias pregressas?
O desconhecimento de um passado, quase sempre delituoso, representa um bem para a conquista; a neutralização de qualidades negativas, como também, o acervo de experiências, são processos lentos e demorados que quase nada representam em face da eternidade. Pederíamos mesmo asseverar que o esquecimento das vidas pregressas do reencarnado seria a maior das perfeições do mecanismo palingenético: determinada existência representa um estágio de trabalho, que não deve ser maculado com lembranças negativas, quase sempre deprimentes. Aquele que por acaso conseguisse a lembrança integral da maioria de suas vivências, sem um preparo ou condição apropriada, sofreria, inevitavelmente, um vórtice demolidor e asfixiante nos centros emocionais do EU; em determinada etapa palingenética, numerosos indivíduos não suportam sequer os problemas que a vida propicia, as investidas e ataques de seus semelhantes, apresentando, como conseqüência, quadros neuróticos e tantas outras coisas mais, como mecanismo de defesa; que pensar desses mesmos indivíduos com múltiplos vórtices energéticos atuantes de outras vivências?
O espírito que ocupou determinada matéria, com ela procura equilibrar-se no cumprimento das finalidades que a Lei impõe. No entanto, existem casos em que o desequilíbrio pode instalar-se acarretando as consequências mais variadas. O desequilíbrio pode dar-se em qualquer época, sendo mais comum durante o período gestativo; ainda mais, pode ter origem na zona material propriamente dita, na espiritual ou em ambas ao mesmo tempo. Esse desequilíbrio pode ter fenomenologia acentuada, dando como consequência máxima o aborto, que é a destruição do produto de procriação e o sofrimento temporário para a energia espiritual. Há fortes possibilidades de se pensar e admitir que os pensamentos maternos destrutivos, nutrindo a idéia da "gravidez incômoda", pode colaborar no desajuste vibratório e expulsão do espírito reencarnante pela desimplantação do ovo.
Existiriam casos mais raros em que, apesar da fecundação, a reencarnação não se faria, o processo não se definiria com suas respectivas fases; o resultado disto é que o ovo poderia progredir tão-somente pelas energia trazidas pelo espermatozóide e óvulo e psiquismo materno, mas, chegaria um momento, variável de acordo com a constituição do embrião, que este não mais suportaria a ausência do elemento energético-diretor, e destruiria-se pela inevitável desorganização histofisiológica. Geralmente, esses casos seriam observados em virtude da ansiedade materna de ter um filho; não havendo elemento espiritual reencarnante a formação fetal obedeceria exclusivamente aos moldes maternos, altamente excitados pela vontade e ansiedade, embora, após certo prazo, não fosse possível a continuidade do processo pela ausência da energia espiritual orientadora.
Poderiam acontecer coisas mais complexas, em que mais de um espírito penetraria o mesmo ovo. O resultado lógico é que o ovo, sendo influenciado por dois elementos energéticos diferentes, se divide em duas zonas, dois produtos procritivos, conseqüentemente, dois elementos parecidos por serem do mesmo ovo (gêmeos univitelinos). Quando os gêmeos são diferentes, inclusive no sexo, é porque houve fecundação de dois óvulos, com penetração de dois espíritos.
Luxemburg e Lange, fazendo investigações sobre psicoses esquizofrênicas nos gêmeos univitelinos, concluíram pela diversidade de apresentação dos aspectos clínicos da doença, quando não havia o caso de um dos gêmeos, somente, apresentar-se doente. Por esse e outros motivos conclui-se a existência da Individualidade, do EU, com suas próprias qualidades e tendências, apesar do terreno biológico idêntico. Se não existisse o elemento espiritual encaminhando e dirigindo a fenomenologia biológica, definindo o EU de cada ser, os gêmeos univitelinos apresentariam identidade em tudo, inclusive de doenças congênitas.
O espírito que por motivos diversos não conseguisse vencer a reencarnação após o desenvolvimento do processo, aguardaria nova oportunidade, embora com "estado de consciência" reduzido, como se fora um encarnado em plena senectude cercado de dificiências e dificuldades orgânicas de toda ordem, caminhando inexoravelmente para a morte do corpo, como o desencarnado para a morte (aparente) do espírito.
As células somáticas num organismo concluído (após o nascimento), como já sabemos, sofreriam a influência do centro espiritual, porém possuiriam em sua matéria nuclear, nos seus cromossomos, um substrato energético que lhe é próprio. Esse substrato energético teria sua origem nas energias cromossomiais trazidas pelas células genésicas, espermatozóide e óvulo. Com o aparecimento do espírito reencarnante após a fecundação, e por ser, ao mesmo tempo, um centro energético mais potente do que aqueles vindos dos gametas, tomaria em seu ciclo as energias dos pro-núcleos, masculino e feminino; desse modo, as energias do centro espiritual e dos gametas se associariam. O ciclo maior dita ao menor a sua linha de conduta e arrasta-o para planos superiores. Tinha profundas razões Bergson, quando afirmava, filosóficamente, que um ser inteligente leva consigo o necessário para se ultrapassar.
Assim, os núcleos em potenciação da energia espiritual, praticamente contidos na glândula pineal, influenciariam, de longe, todos os cromossomos das células somáticas e sexuais por intermédio das extensões psicossômicas. As ligações com as células sexuais seriam muito mais estreitas e precisas do que as somáticas, devido à necessidade de melhor impressão e correta influência energética nos genes cromossomiais da herança. É bem possível que as ligações das energias dos núcleos em potenciação com as células sexuais tenham, além das coligações psicossômicas, um estreitamento maior por intermédio das células altamente pigmentadas da pineal - os melanócitos; os pigmentos dessas células seriam pontos de chegada de fortes impactos das energias dos núcleos em potenciação, daí, no terreno físico, influenciariam as células genésicas. Esta hipótese seria amparada pelas estreitas relações fisiológicas que a glândula pineal mantém com as gônadas.
As células do embrião, à medida que vão sofrendo o processo de divisão, carregam os seus respectivos núcleos, isto é, o material cromossomial, de potencial energético combinado - paterno e materno, criando suas próprias individualidades, que apesar disso, jamais destoaria do centro energético principal - Centro Vital -, que reconheceria e saberia as necessidades reais e a rota a ser percorrida na ontogênese. A vida, conforme afirma Dr. Baraduc, "não é uma função química dum órgão, tampouco um agrupamento de funções; é um princípio inteligente na plenitude de seus movimentos próprios, constituindo condensações de forças vitais em sistemas orgânicos materiais que cria, conserva e destrói".
As células fora do conjunto orgânico, nas culturas celulares "in vitro", modificam-se de modo acentuado, quanto ao seu comportamento, desorientando-se por falta, justamente, do princípio condutor e unificador. Nas células cultivadas artificialmente, observa-se perfeitamente o desenrolar de certas reações individuais, sem desequilíbrio, como a respiração, a digestão, as trocas metabólicas, etc, por estarem sob a égide do potencial energético dos próprios cromossomos. No entanto, o crescimento da colônia, a vida em conjunto, é desordenada, sem equilíbrio, com tendência a destruição; na melhor das hipóteses, observa-se uma espécie de "desejo" da célula de separatismo do meio em que se encontra, pela exteriorização de antigos impulsos, atributos de condições naturais da morfologia amebóide. Tudo pela falta de um princípio equilibrador.
Tentar responsabilizar os elementos químicos da organização física pela direção dos mais altos fenômenos vitais é agir puerilmente e com pouco senso. Substâncias proteicas em síntese não representam vida e sim o princípio que as unifica. A vida real não está na multipliciidade dos fenômenos orgânicos e sim na energética que os dirige. O desenvolvimento das formas é a última conseqüência do centro vital que as burila. Hodiernamente, necessitamos trocar a biologia das formas por uma biologia de substância. Devemos dar importância, não ao orgânico mutável, mas à essência perene; não, ao que desaparece, mas ao que permanece.
Karl Jung, em face da complexidade que a vida representa, disse: "A plenitude da vida exige algo mais que um ser; necessita de um espírito, isto é, um complexo independente e superior, único capaz de chamar a vida todas as possibilidades psíquicas que a consciência - Ego - não poderá alcançar por si".
Todas as células do organismo humano trariam em sua intimidade, além dos caracteres energéticos paternos e maternos, vindos através dos gametas, também os dos núcleos em potenciação do conjunto espiritual reencarnado. Logo, a herança da personalidade dependeria de duplos fatores: campo energético paterno-materno e campo energético espiritual. Não podemos, de modo algum, dispensar este binômio energético como substrato da matéria, cuja substância é menos evoluída necessitando por isso, de direção. O binômio energético utiliza-se da matéria para seu progresso, ao tempo em que a arrasta para ciclos mais elevados e experiências maiores (evolução) somente a Energia Espiritual Eterna, através das etapas palingenéticas a que está condicionada, seria capaz de sulcar o caminho por onde a evolução se evidencia - Lei universal e inviolável. O processo reencarnatório em si, não seria princípio de regeneração se as próprias imperfeições do espírito não fossem analisadas e repetidas no campo tumultuoso da carne. Isto explica o valor da conquista evolutiva pela regeneração dos atos, costumes e emoções variadas, e bem traduz o dizer de André Luiz: "Se soubermos suar no trabalho honesto não precisaremos suar e chorar no resgate justo".
O organismo físico equilíbra-se e harmoniza-se pelo ciclo de energias, que se expressam em correntes aferentes e eferentes. Por intermédio das correntes deste ciclo seriam levadas, ao centro espiritual, todas as realizações desenvolvidas no organismo, pois, verdadeiramente, este é um todo energético com vibrações de variada freqüência - umas mais densas, capazes de ferir os conhecidos sentidos humanos, por isso facilmente comprovadas; outras mais tênues, mais elevadas, não evidenciadas pelos processos comuns, por isso negadas. Assim, o primordial foi abandonado pela ciência, ficando em seu lugar o secundário, até que os estudos e pesquisas mais eficientes notifiquem as limitadas possibilidades atuais e as coloquem em sua devida posição. Com as interrelações vibratórias do organismo conseguiria o Princípio Espiritual registrar e recolher em seu âmago, mais precisamente nos núcleos em potenciação, todas as experiências realizadas sem perda de um único valor. Todos os potenciais seriam aproveitados na construção da Individualidade. A aquisição espiritual não tem limites; buscamos sempre novos tipos de consciência.
Eliminar todo esse raciocínio do mecanismo palingenético não só destrói um sistema, mas também a lógica, com a agravante de não termos um substituto à altura. Só começaremos de novo, por outras estradas, quando tivermos provas ao contrário. "Lamentamos aqueles que escravos de suas tendências ancestrais, não podem ou não querem compreender qual o seu nobre e maravilhoso destino" (Laconte de Nouy). As vidas sucessivas, as reencarnações, vão dando experiências ao Espírito que refletirá na matéria toda potencialidade de que é possuidor. O homem não chegaria a alcançar as raias dos primeiros instintos, se a existência material, a personalidade, fosse única. Para que seu grande destino seja alcançado, as lições têm que ser além de repetidas, inúmeras. Como explicar, na criança que morre ainda tão tenra, a finalidade evolutiva, se as vidas na matéria não se repetissem?
A medida que as reencarnações se instalassem, a potencialidade espiritual se expressaria sempre em planos mais altos (mecanismo de evolução). Partindo desde as suas etapas iniciais, morejando nas forças de atração e coesão, ganhando a sensibilidade, adquirindo instinto, incorporando inteligência e por fim, investido de senso moral, o Espírito percorreu um tempo incomensurável, valendo realmente, o que representou ritmo de trabalho. "Vive-se para aprender e só o aprender valoriza o viver. Ora, diz-nos a lógica que, sem reencarnação, a conservação dos maiores valores da vida é impossível, porque lhes falta o fio condutor da evolução. Então, sem reencarnação, perderia o sistema do universo todo o poder de recuperação, para corrigir sua imperfeição, e a dor seria um tormento sem sentido nem objetivo útil" (Ubaldi) .