ET-e-HHO-existe escreveu:
Hugo, eu estou tentando reduzir isso a uma situação de semelhança absoluta, onde a única diferença é o motor e o possível consumo. A única diferença de inércia que eu quero considerar é a dos pistões subindo e descendo. Não é um caso real, é uma pergunta: Pode um motor de mesmo concepção, mas com litragens diferentes, terem consumo diferente quanto exigidos com a mesma carga num dinamômetro? Qual sua resposta?
Minha resposta é: Posição da borboleta
Claro que estamos pensando num motor ciclo Otto com sua chata borboleta e mistura estequiométrica. É fácil concluir que um motor Otto regula sua potência variando a quantidade de ar que deixa entrar. Sabemos que um motor 2 litros aspira mais ar que um motor 1 litro, mas nesse caso, deveríamos concluir que deveriam aspirar a mesma quantidade de ar, para receber a quantidade estequiométrica de combustível, que ao queimar liberaria a mesma energia, em cima da mesma quantidade de ar, para entregar a mesma potência e na mesma rotação. E a borboleta?
Num motor 2 litros a borboleta estaria, digamos, suponhamos, com 40% de abertura e ainda assim deixaria passar a mesma quantidade de ar que o motor de 1 litro deixaria com a borboleta com 80% de abertura, mesma carga, mesma rotação. A borboleta!
Acontece que ao ficar mais fechada a borboleta do motor 2 litros, isso faria um vácuo maior que frearia o motor, pedindo mais potência (mais ar e combustível) para manter a rotação e vencer o freio que a borboleta lhe impôs. No computo final a potência entregue será a mesma, mas o motor de 2 litros consumiu mais.
Não podemos esquecer a mudança de direção que os pistões fazem e a inércia que isso representa, também o maior atrito dos pistões maiores, ou de maior curso. Tudo isso faria nosso motor de 2 litros consumir mais.
Viu porque eu queria arrancar a borboleta fora do carro? E no ciclo diesel (sem borboleta para quem já esqueceu), a quem eu vou culpar pelo aumento no consumo?